quarta-feira, novembro 23, 2005

Mario Quintana

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoista e mau.
E a minha poesia é um vício triste, Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
[nada, numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sabe que sempre que leio uma poesia eu uso sua voz, sua leitura magistral. Adoro quando recitas amor, fica a coisa mais linda do mundo!
Mil beijos!