quinta-feira, julho 07, 2005

Esse vai para o Salah-Al-Din, que não sei como descobriu o blog!

"Desta ladeira um sol surgiu para o mundo, brilhando como o sol terreno quando se levanta. Quem fala deste lugar não deveria chamá-lo Assis, mas Oriente." - Dante - Paraíso, Canto XI, 52, 1313-16


Ele fez um comentário no outro post com esse nome: Salah-Al-Din.
Curiosa, fui ver o que era: Curdo, Salah al-Din, que se tornou sultão do Egito e da Síria e conquistou Jerusalém em 1187, derrotando os cruzados numa guerra santa. (além de dar numa página do Jihad watch, estranho, né?)

Então, lembrei de uma história de um cara que admiro pra caramba. Sujeito fantástico que amava os bichos, que amava as pessoas, que repeitava o mundo... e que queria levar o amor por aí ... Ele entrou tanto no Oriente quanto no Ocidente ...sem fronteiras, sem nada. Dou de graça pra vcs:


"Em 1219, em Damieta, no Egito, confrontavam-se dois grandes exércitos: o muçulmano, comandado pelo sultão Melek-el-Kamel, e o exército cristão, comandado pelo rei de Leão e Castela. Também estava presente um representante do papa, Pelagro Galvan, um prelado da península Ibérica, mais precisamente de Portugal. Eles estavam prontos para um grande combate pela Quinta Cruzada. De um lado o Islã, do outro lado a Cruzada. Ambos motivados por um belo nome: guerra santa.
Francisco, descalço, chegou com mais três companheiros ao campo de batalha. Pediu para ir ao outro lado. O comandante cristão não permitiu. Diante da insistência de Francisco, o comandante acabou concordando, mas como quem diz: "Se ele quer ser um mártir, um suicida, que vá".
Francisco atravessou as colunas muçulmanas e declarou na frente dos soldados: "Sou um cristão e quero falar com seu comandante, o sultão". Os soldados, mesmo reconhecendo que era loucura, encantaram-se com a simplicidade desarmada daquele homem, que não vinha com lança nem escudo; vinha vestido como camponês, com uma coragem tranqüila, apesar de estar do lado adversário.
Melek-el-Kamel recebeu-o em sua tenda. E Francisco disse diante dele: "Eu vim falar com você sobre aquilo em que eu acredito: o Evangelho do Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo". E conversou longamente com o sultão, que o escutou atenciosamente - nessa hora ele não se comportou, como escreveram os cronistas do século XII e XIII, como um animal cruel. O sultão era um líder religioso. Era líder religioso de um povo monoteísta, que tem a mesma estrutura teológica do cristianismo, a mesma estrutura teológica do judaísmo e de outras grandes religiões.
O sultão o ouviu e depois o mandou de volta, pedindo: "Reze ao seu Deus para que dê ao meu espírito a sabedoria que for melhor". E Francisco voltou vivo e tranquilo para o outro lado."
Fonte:
Longe de mim, querer me comparar com São Francisco!
Porém, é assim que me apresento, descalço, sem armas,com um cadinho de coragem e muita vergonha, apenas com palavras falando daquilo que acredito: NA PAZ INFINITA!
Só mais recadinho: clica aqui
e diga aquelas palavras do fundo do teu coração! Faz um bem!!!

Um comentário:

Ricardo Rayol disse...

Uma bela estória. Se pudermos fazer um pouco que se torne a diferença por que não tentar?

Ah e não esquenta com esse saladinha não. Tem mané (no mau sentido) pra tudo nesse mundo.